Mudanças para pessoas que são inteligentes, mas não têm Sabedoria

O autor Marcelo Reginato era um calouro na faculdade de Medicina quando teve seu primeiro contato com o mundo das drogas. O que teve início como diversão, logo se tornou um vício que levou Marcelo a ficar internado 15 vezes, passar por várias consultas com psiquiatras, fazer psicoterapia, participar de grupos de apoio, até que finalmente pudesse se considerar livre das drogas.

Na sua autobiografia o autor relata sua jornada de dependência química e a luta para recuperar a dignidade. “A ideia do livro surgiu durante minha última internação que durou 12 meses. Precisei amadurecê-la e fazer como numa tese de conclusão de curso no final da faculdade, pesquisar sobre o tema, organizar em capítulos, e a parte mais difícil foi realmente estar seguro e firme no propósito de recuperação.”

A obra fala sobre a importância da psiquiatria, da psicoterapia, da filosofia e do apoio familiar na recuperação do paciente. “A desconstrução do ego, a perda da autoestima, do amor-próprio, o ressentimento do passado, a raiva do presente e o medo do futuro são as principais características de apresentação do psiquismo do dependente químico.”

Hoje, livre das drogas, Marcelo retorna às atividades nas UTI’s e é reconhecido pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que o condecorou após comprovar sua saúde mental e aptidão para exercer novamente a profissão.

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