Nem tudo é TDAH

Você já reparou na quantidade de vezes que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é mencionado nas redes sociais? E, em algum momento, já se perguntou se você poderia ter esse transtorno? Pois é! Muito tem se falado do TDAH e algumas pessoas acabam se autodiagnosticando com base no que ouviram sobre o assunto.

Mas o que afinal é TDAH? Segundo o DSM-5, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta sintomas como desatenção, desorganização, hiperatividade e impulsividade. Os sintomas são manifestados desde a infância e ocorrem em cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos.

O diagnóstico requer a presença de vários sintomas listados no DSM-5 (6 ou mais) de desatenção e/ou hiperatividade, que persistem por pelo menos seis meses, e que trazem impacto negativo para as atividades sociais e acadêmicas ou profissionais. As características apresentadas em quem tem esse transtorno são:

Desatenção: envolve a incapacidade de permanecer em uma tarefa, aparência de não ouvir e perda de materiais em níveis inconsistentes com a idade ou o nível de desenvolvimento.

Hiperatividade-impulsividade: implicam atividade excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e incapacidade de aguardar – sintomas que são excessivos para a idade ou o nível de desenvolvimento.

É necessário distinguir o TDAH dos Transtornos de Ansiedade e dos Transtornos depressivos. Nos transtornos de ansiedade há sintomas de desatenção, porém, há também preocupação e ruminação, o que não caracteriza o TDAH. Já os Transtornos depressivos apresentam incapacidade de se concentrar, porém, isso prevalece durante um episódio depressivo.

Ou seja, não basta ter algum nível de desatenção para se considerar que você tem TDAH. Somente o profissional da saúde mental está apto a fazer o diagnóstico do transtorno. O médico neurologista ou o psiquiatra podem prescrever medicação se necessário. E o tratamento, além de medicamentoso, deve ser também psicológico, pois a pessoa com TDAH terá mais qualidade de vida se ela aprender a lidar com os seus sintomas.

 

 

 

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