Terapia a dois
Cada pessoa tem um tipo de educação, princípios, valores e hábitos, resultado da criação que recebeu, de vivências e experiências anteriores. Quando conhecemos alguém, criamos uma imagem de como gostaríamos que essa pessoa fosse, idealizamos o parceiro e depois percebemos que, às vezes, ele é bem diferente daquilo que havíamos imaginado. Com o tempo, descobrimos suas manias. Somos diferentes, ninguém é perfeito e, além de tudo, também temos as nossas manias.
Precisamos refletir: Por que algumas atitudes incomodam tanto? Toalha em cima da cama, pasta de dentes apertada de maneira diferente, tampa do vaso sanitário, sapato jogado na sala, bolsa em cima da mesa, forminhas de gelo vazias no congelador, entre outras coisas.
Geralmente, porque são atitudes diferentes daquilo que nós fazemos! Até porque, se fizéssemos igual, possivelmente não nos importaríamos com essas coisas. Atitudes isoladas não definem uma pessoa, e sim, o conjunto dessas atitudes. Antes de julgar, criticar, é preciso conhecer melhor o outro.
A oposição de ideias e divergências sempre existirão, todo casal tem conflito, o que vai diferenciar é “como” o casal vai agir para resolvê-los.
É viável analisar, conversar, entrar em acordo, achar um equilíbrio. O caminho do meio termo, sabe? Dessa forma, o relacionamento, o amor e o casal saem vitoriosos. Diálogo, negociação, admiração, respeito, empatia, parceria e paciência são características necessárias para a convivência do casal e promovem saúde no relacionamento.
Não tente moldar o outro, é importante respeitar a individualidade, você também precisa manter a sua, mas algumas vezes, ceder é necessário. É importante existir o equilíbrio entre dar e receber. Harmonizar a relação, equilibrar a individualidade e a vida conjugal é essencial. Todos nós precisamos ter espaço para os nossos hobbies, trabalho, projetos e objetivos.
É importante admirar o parceiro, incentivá-lo a ter prazer e ser feliz, sem possessividade, sem controle ou manipulação. Demonstrar disponibilidade emocional e acessibilidade afetiva, inclusive nos momentos mais complexos. O reconhecimento do outro e o lugar que ele tem na sua vida como alguém especial é o que faz com que uma união permaneça, mesmo diante das diferenças.
A comunicação entre o casal precisa ser clara, ser um espaço seguro para compartilhar medos, angústias, dificuldades, objetivos, alegrias e conquistas. Relações que se estruturam por meio de indiretas e acusações não se sustentam por muito tempo, pois geram sentimento de insegurança e abrem margem para incertezas sobre a relação.